Para a extensa área da Quinta Marques Gomes desenvolveu-se um loteamento onde começam agora a nascer as primeiras habitações. Escolheu-se intervir no palacete da quinta, construído no início do século XX, para o utilizar como stand de vendas do empreendimento.

Privilegiadamente localizado junto à barra do Douro, com vistas para o mar e para a foz do rio, de construção rica e cuidada, o edifício esteve durante anos abandonado, foi pano de fundo para grafites, alvo de pilhagens e encontrava-se em avançado estado de degradação. 

Optou-se por uma intervenção contida de carácter escultórico: consolidar estruturalmente o edifício recorrer a elementos que apenas tocam pontualmente nas paredes existentes para se agarrarem, podendo facilmente soltar-se de novo.

Inventa-se um espaço, acentuadamente dramático, para desempenhar temporariamente a função de stand de vendas, funcionando também como cartão de visita do empreendimento. Garante-se que a construção mantém a sua essência, podendo vir a ser, mais tarde, alvo de outra intervenção.