O projeto visou a adaptação do espaço onde a empresa “Quinta da Lixa” desenvolve a exploração vinícola do vinho que produz, ao qual se acrescentou o exercício de uma atividade turística através da construção de um Hotel Rural, essencialmente vocacionado para o enoturismo.
A intervenção assentou na valorização do contexto onde a pretensão se insere, enriquecendo-a com espaço turístico de qualidade, devidamente integrado e enquadrado.
A ideia primordial foi fazer da vinha cultivada no espaço e do vinho produzido o “cartão de visita” do empreendimento, promovendo-se o contacto direto com o património cultural e paisagístico da produção de vinho da Quinta da Lixa.
O programa contempla, além do alojamento (30 quartos) e serviços de restauração, uma adega aberta a visitas guiadas, SPA, piscinas interior e exterior e salas de provas e de conferências.
A área de construção existente nos edifícios preexistentes na propriedade era insuficiente para o desenvolvimento do que se considera o programa ideal para este investimento. Desenvolveu-se então o projecto de recuperação e ampliação dos edifícios, aproveitando as preexistências como linhas condutoras do processo.
Os edifícios, que à exceção da Casa Principal assumiam um carácter essencialmente rural, estavam em estado de abandono e bastante degradados.
O projeto de reabilitação formal e funcional e ampliação da construção visou a preservação do património arquitetónico, valorizando-se os elementos naturais e a herança cultural do contexto. Procurou-se revitalizar o conjunto, conservando a sua identidade. Para isso, o projeto promoveu o diálogo entre arquitetura contemporânea e sofisticada e a envolvente rural da vinha.
O projeto quer ir mais além do que oferecer ótimas condições de alojamento e restauração, pretende promover uma experiência única aos utilizadores, oferecendo vivências e sensações só possíveis na globalidade deste espaço e do local envolvente, onde cada peça ganha sentido como parte de um todo com características exclusivas.
Propõe-se que os visitantes usufruam de todo o espaço e para isso foram desenhados percursos pedestres pela propriedade, fazendo a ligação entre os vários edifícios.
A estreita ligação visual entre o interior dos espaços e a envolvente acentua uma atmosfera intimista onde a ruralidade está sempre presente.
Veja a ampliação do projecto aqui.
Área Construída: 5200m²
Área de Terreno: 30 Hectares
Localização: Telões, Amarante, Portugal
Ano
Início do Projecto – Maio 2008
Início de trabalhos – Julho 2012
Fim de trabalhos – Junho 2015
Colaboradores
Arquitetura – FCC Arquitectura
Escultor – Paulo Lobo
Software: Autocad
Créditos Fotográficos: Fernando Guerra – FG+SG
Materiais
Xisto extraído do local
Granito da região
Pinho termo modificado (exterior)
Pinho riga americano (interior)
Aço corten
Vidro
Coberturas ajardinadas
Construtores
Empreiteiro geral – MC Meireles
Caixilharias – Jofebar
Madeiras – José Nuno Carpintaria
Electricidade – Costa Alves Electricidade
Avac – Pritérmica